Minha pele, meu pecado.
Sou conhecido: como germe urbano!
Filho bastardo de uma nação hipócrita.
Quem te faz Brasil: são minhas mãos calejadas.
Ô Pátria Desalmada.
Salve, salve...
Minha cor condena meu viver
Sem o direito, de humano ser!
Sou do quilombo
Sou da resistência.
Nunca me renderei a esta sentença.
Minhas senzalas
São nas favelas e palafitas
Vendo o morro descer...
Ô pátria desalmada
Salve, salve...
Veras que um filho teu não foge a luta.
Nem teme quem o maltrata a própria morte.