quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Meu Pecado é Não te Ter.

Meu pecado é não te ter.
Por vezes vaguei na inconstância de meus desejos,
Por horas me deleitei em corpos similares,
Por dias gozei meramente de orgasmo
Vagando na incerteza de minha sorte.
Vagando ao relento de minha esperança,
Deparei-me com a beleza de tua companhia.
Por dias desfrutei do estado primeiro de nossos corpos,
Por semanas nos deleitamos de nossa carne,
Por horas choramos as nossas contradições,
Por meses encontramos a nossa verdade.
 A certeza de nos amarmos!

domingo, 3 de abril de 2011

Imperfeição

Quero gritar sem medo de ser observado
Quero sorrir a felicidade dos infiéis
Quero canta as melodias dos loucos e avarentos
Quero voar no boing das imaginações possíveis.
Eu sou o que não queria ser!
Eu fui o que poderia viver!
Eu vivo o que desejo viver.

Ilusões de minha imagem.

Roupagem Falsa
Os trajes que hora me vestem
São de marca vagabunda
Não tenho culpa
É o que tem pra hoje
Ou, o que me foi permitido vestir.
Ou simplesmente o que me foi concedido compra
Trajes pobres
Roupagens infiéis
Vestuário falso
Não te negues
Vestes o que tens o que és.
Pois tua roupagem é a alegoria de tuas vergonhas.

Melodia de minhas emoções

 Meu tato seu tato, Confundem-se na homogeneidade de nossos corpos.
 Simplicidade do igual beijo, similaridade da pele.
Certeza do que sinto
Incerteza do que vejo
Sacia meu desejo
 Come-lo ao avesso é o que inspira minha carne
 Fuma-lo sem preconceito
É o desejo de minha mente
Ou vindo Janis Joplin meu puro desejo.
Contemplando a bela melodia que acompanha minha louca via.

domingo, 6 de março de 2011

Rainha da Amazônia

Juçara que alimenta teus filhos ameríndios.
Tua abundância é sinal de fartura em terras de ricas florestas.
Ao passear por teus braços de rios, vejo o quanto reina nas províncias marajoaras.
A tintura vermelha de tua pele é a expressão firme da resistência de teu povo.
Juçara, Açaí, Iaçá, como queiram me chama!
Sou simples como o rio, sou forte como o mar, sou filha da floresta, Mãe dos Tupinambás.

terça-feira, 1 de março de 2011

Meus verbos e adjetivos.

A morte nada mais é do que a evidência de minhas ações
De meus feitos.
A história pura e nítida de um decrepito
Lésbica, gay, hetero.
Heterodoxo, católico, cristão, plebeu, vicentino.
É a sombra na escuridão
A canção ao vento
O amor perdido
As noites em claro
A avareza personificada em forma física.
A contradição em sua forma confusa.
As interrogações sem respostas.
Os atos descompassados
O compasso sem esquadro
O celular sem créditos
O numero sem algarismos
As palavras sem letras
As poesias sem rimas
A Janis Joplin sem razão
E o Chico Buarque sem paixão.
A morte nada mais é do que a lucidez em minhas ações
Que estará sempre na memoria dos que me amam.

Desejo de Amar

Ai que vontade de te encontra, metade de mim.
Será que existe?...Ou é pura imaginação?
Se existe como será que irei encontra?
Eis que olho para a esquerda e não o vejo
Viro-me para a direita e não te percebo.
No vazio das buscam incessantes fico a congequitura tua face.
Meu olfato persegue teu aroma,
Que o próprio olfato desconhece.
Meus olhos tentam materializar tua forma física,
 Mas só encontra o nada.
A brisa de uma tarde fria
Percebo teu beijo
Na escuridão das noites frias,
 Não faço outra coisa a não ser te encontra.
Imagino teu toque.
Ao percebe o desabrocha de uma flor
 Penso em sua doçura
No corriqueiro dia da cidade
 Lembro de tua humildade.
Nos dias ensolarados em sua alegria.
Nos dias de chuva em teu aconchego


Meu corpo clama por teus músculos.
Está dentro de você
 É o desejo que assombra minha imaginação.
A distância, meu grande inimigo.
As horas, a incerteza da vontade.
Mas sinto no arrepio de meus pelos
O quanto quero teus beijos.
Envolver-me por teus braços
E contempla a beleza da noite
 Reverenciando nossos desejos.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Boêmio Criança.

Boêmio Criança.
O samba da minha terra
É a melodia do meu povo
É na canção que grita o corpo.
Percussão desse samba
É o cimento e o martelo
É desse samba que se faz um Brasil novo.
Construindo sonhos de um povo com esperança, é a fé que envolve e encanta.
Poeta boêmio que se fez criança.
Para contar esse nosso samba.
Tua raça, teu povo.
Tua força, tua gente.
Vem sem medo neguinho
Bola pra frente.

(composição de: Cássio Nogueira, Cidália França e Rodrigo Motta )

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Minha pele, meu pecado.
Sou conhecido: como germe urbano!
Filho bastardo de uma nação hipócrita.
Quem te faz Brasil: são minhas mãos calejadas.
Ô Pátria Desalmada.
Salve, salve...
Minha cor condena meu viver
Sem o direito, de humano ser!
Sou do quilombo
Sou da resistência.
Nunca me renderei a esta sentença.
Minhas senzalas
São nas favelas e palafitas
Vendo o morro descer...
Ô pátria desalmada
Salve, salve...
Veras que um filho teu não foge a luta.
Nem teme quem o maltrata a própria morte.


As ruas...
Á procura de aventura.
Ao percebe uma bela moça
Atravessando a generalíssimo
Fico a me pergunta: será que posso rouba?
Meu instinto responde por mim.
Parada, manda a bolsa se não mando bala.
Leva ladrão, que deus te dê o perdão.
Saio em fuga e alguém grita
“pega o ladrão”
Puta que pariu, lá vem o camburão.
Largo a bolsa pela rua e saio zimbado.
Parado safado!
Égua -  me pegaram.
No chão;  no chã; ladrão.
Primeira reação, chutes no meu rosto.
Minha mãe pensou; poxa que desgosto!
Não aguento...
Os heróis covardes apareceram
Chutes, socos e xingamentos.
Os populares me arrebentam
A polícia...issa!
Fez que nem percebeu
Ai meu deus
Alguém grita
Too filmando!
É um santo?
Não!  É teu irmão clamando
Sai dessa malandro.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Palavras





Vicio, desejo, escárnio, hipocrisia...
Verbos, gorgomilo - ensejo
Presságio, ágio- o que acho?
Perigo, eu sigo, não sei.
Eles, o que são?
 teus irmãos, não!
Coragem, vê se age, selvagem...
Vício, desejo, escárnio, hipocrisia.
Fantástico, o que acho?
Moeda, dinheiro, meu cheiro...
Preto, a cor, dor, senhor, redentor
Pobreza, beleza, eza... quem seja!.
Palavras, eco... só verbos!


quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Cabocla

Minha Belém, ao olhar teu rosto
 vejo os belos traços indígenas e caboclo de teu povo.
Sinto em teu beijo
 A doçura da chuva das três.
Teus cabelos juçara
 alimentam a fome de teus filhos ribeirinhos.
O manto que cobre teu corpo
tem a Beleza de tuas matas.
Teus braços de rios
denunciam tuas veias amazônicas.
O cheiro do teu ver-o-peso
exala alegria e fartura de tua terra.
O som de teus batimentos
são como os badalos da sé no mês de outubro
Coroando tua fé em nossa senhora de Nazaré.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

O ultimo cigarro.

Ao expelir a fumaça de um cigarro
 Percebo o sopro da vida.
O que fica em teus pulmões
É historia constituída
O que é expelido
 Somente sopro de vida.
Fumaça que leva com sigo
 Não só minha existência.
Mas carrega em sua despedida
Minha benevolência.
Aos céus sou destinado
Aos céus chegarei.
Ter-me-ei redenção
 Ao certo não sei.
A certeza que levo
 É a vida que levei.
A redenção que peço
De ser lembrado outra vez.
Não pelo que fui.
E sim, pela vida que desfrutei.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Razões do desconhecido

Quem és tú ?
 Que permeio meu olfato
Desperta meus tenebrosos desejos
Aflora meu instinto.
Quem és tú ?
Que rouba meu sono.
Deixa-me com a pura sensação de felicidade.
 Visceral é teu beijo
 Apaixonante é teu corpo.
Quem és tú?
Que corporifica meus sonhos.
Ainda descobrirei.
  Mas, o que me foi permitido
 Impede-me de saber.
 Só foi permitido sentir.

Incerteza da Noite

De que me vale o sono
 Se não me deseja.
De que vale tê-lo
 Se não me quer.
De que vale dormir
 Se não tenho sono
 De que me vale a noite em claro
 Quando não bebo.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Vicio de Amar

Quero ser teu cigarro para alimenta teu vício
Viver entre teus dedos
Ser sugado por teus lábios
Inalado ate teus pulmões
Constituindo-se tua enfermidade
Teu câncer.
 Mesmo tendo outros para ser tua quimioterapia
 Jamais encontraras a cura.
 Pois ela é e esta em teu vicio
 De viver comigo.
( foto: Suelen Geber )

Meu Altar Particular

Minha Escola

Minha escola: a vida

 Meus professores: o cotidiano
 Sala de aula: as ruas
 Os bares: meus amigos
Minha caneta: o copo
A borracha: o estado ébrio de minha mente.
O conteúdo: a alegria engarrafada.
 Meu uniforme: a nudez que me permiti amar os anormais.
Boemia, filosofia dos "decrépitos"

Crônicas da Juventude

Incerteza e ansiedade, vilões de meus pensamentos.
A cruel realidade da existência humana, na sociedade capitalista é diariamente perseguida pela incerteza do futuro, pois nem sonhar com sucesso é permitido.
O cotidiano do ser humano, é incerto, pois, sua formação foi ilustrada pelas mazelas e exclusão social vivenciada pelas classes subalternas.
Na infância, seus brinquedos são os restos ou a imaginação de um carrinho em pedaços de madeira.
Adolescência, marcada pela ciranda da criminalidade, que os leva a possui uma juventude as beiras do sucesso criminoso e a pompa do mundo das drogas.
Ao conquista a fase adulta, comemora nos calabouços de penitenciarias, as famosas universidades do crime, consagrando a trajetória vitoriosa de um verdadeiro subalterno.
Enquanto isso, o estado nem percebe que formou uma geração de vilões.  Será que podemos classifica-los como vilões? Ou, podem ser considerados funcionário públicos? Legítimos representantes do povo.
Os que atravessam o vale das tormentas deparam-se com a realidade cruel da incerteza dos próximos capítulos história, e a pergunta que angustia suas almas: o que serei? Continuarei miserável ou mudarei de via?
Esses questionamentos perturbam a mente e o coração de jovens Brasileiros, que choram a incerteza de suas vidas.

Conflito da descoberta.

Ao deparar-me com a escuridão de minha alma, desconheço meu próprio eu.
Não consigo explica ou saber o porquê existe, só sei que sinto, ao mesmo tempo recuso-me, pois não nasci para este “mundo”.
O que é isso que perturba minha mente, mas sacia minha alma? Que desejo de comtempla o corpo de outrem que se assemelha ao meu corpo?
Luta desleal, vontade carnal, desejo ingrato. Quem sou eu? Para esta pergunta não tenho resposta, pois fui formado para não conhecer, ou não concebe minha própria carne, meu próprio eu. Solidão fria que causa insônia, que me faz chorar.
Ora, isso não é solidão, é você!  Sendo parido de seu próprio ventre que por vezes foi envizibilizado pela hipocrisia vã, dos que não se aceitam, ou, dos que não aceitam sua própria alma.

Meu Altar Particular

Meu altar partícular
Minhas incertezas, razão da existência
Minhas angustias, incertezas da vida
Minhas orações, clamores da alma
Paixão, a verdade do obscuro.
Meus deuses, minhas aflições
Meu demônio, o medo
Meu medo, a verdade a ser desvelada.
Meu altar partícula, o encontro com o desconhecido.
O desvela da existência.

Altar Particular

Este espaço tem por finalidade discuti e expressa meus sentimentos por meio de textos, poesias e música, um Altar Particular para o encontro e desencontro com meu Eu.